quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Os efeitos da radiação solar na camada mais externa da pele

Foi feito um estudo nos EUA, com cadáveres de mulheres que ficaram expostos ao sol por 60 dias. Os pesquisadores analisaram os efeitos da radiação solar sobre a camada mais externa da pele, chamada estrato córneo. Esse revestimento do corpo, formado basicamente por queratina, protege os tecidos mais internos contra lesões e infecções, além de manter a umidade e a textura da pele.

Eles analisaram o resultado da exposição aos raios ultravioleta B (UVB) – que atingem apenas a camada mais superficial da pele, deixando-a vermelha – em cadáveres de mulheres brancas, entre 22 e 81 anos. Durante 60 dias seguidos de "bronzeamento", foram observados os tecidos do abdômen e das mamas, regiões do corpo tradicionalmente menos expostas ao longo da vida.

A ideia dos pesquisadores era ver os prejuízos da radiação além dos já conhecidos danos relacionados ao DNA, ao envelhecimento e à incidência de câncer em quem toma sol demais sem proteção. Ao longo dos dois meses de trabalho, a firmeza da camada externa se manteve, mas foi vista uma grande redução na força de ligação (coesão) entre as células e na tensão necessária para fraturar o estrato córneo, além de mudanças estruturais na queratina e nos lipídios (gordura) presentes na superfície da pele.

Os raios UVB afetam a nossa barreira de proteção natural, podendo levar a rachaduras, fissuras, inflamações, infecções, descamações e cicatrizes. A equipe acredita que a descoberta possa levar a um método quantitativo para determinar a eficácia de filtros solares contra os danos causados pela radiação ultravioleta.

Prós e contras do sol

Apesar de ser considerada perigosa, por favorecer o câncer de pele em humanos, a radiação solar UVB – em doses diárias adequadas, antes das 10h da manhã e depois das 16h – é essencial ao corpo para a produção da vitamina D, que se liga ao cálcio e previne doenças como a osteoporose.

Além dos raios UVB, existem os UVA, que são mais intensos, penetram profundamente na pele – na epiderme e na derme – e causam o bronzeado pós-praia ou piscina. Eles pigmentam a pele, mas também podem provocar manchas.

Um filtro com fator de proteção solar  acima de 15 protege contra os dois tipos de raios ultravioleta. Abaixo disso, pode barrar mais o UVB que o UVA. O filtro é justamente este: evitar que a pessoa fique vermelha, mas volte para casa com a marca do biquíni ou da sunga, porque não existe bloqueio 100% contra os raios UVA. Com o protetor, o indivíduo pigmenta, mas é menos.

Os raios UVA são constantes o dia inteiro, mesmo em dias nublados, e ultrapassam o vidro de carros, as nuvens e as camadas de poluição. Já os UVB podem ser bloqueados pelas nuvens e outras barreiras físicas.

É importante lembrar que não existe um mais perigoso que o outro, UVB que provoca a queimadura quanto o UVA que bronzeia. Por isso, o ideal é tomar sol de maneira adequada, protetor acima de 15 nos horários orientados pelos dermatologistas, antes das 10h da manhã e depois das 16h.




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