segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Trabalhar no trânsito de SP causa mais danos à saúde

Taxistas, fiscais da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e pessoas que trabalham diariamente no trânsito de São Paulo estão mais expostas a problemas de saúde, segundo um estudo do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da USP.

A pesquisa foi feita por 81 trabalhadores do trânsito paulistano (57 taxistas e 24 fiscais de tráfego da CET) por dois anos para medir os efeitos da poluição no organismo. Cerca de 90% deles tiveram ardor e queimação nos olhos, além de alteração na composição das lágrimas e outros problemas. Os sintomas eram: sintomas oculares, ardor, queimação, latejamento. Além da pele seca, tosse e uma cor de catarro mais escura, e obstrução nasal. A lágrima que o organismo desses indivíduos produzem, produz menos proteção para os olhos, isto porque, tem a presença de uma proteína de defesa em menor quantidade.

Também houve alteração nos micronúcleos das células da boca dos pesquisados. O problema aumenta a propensão a mutações genéticas e facilita o aparecimento de câncer. Com relação à pressão, cada um dos indivíduos recebeu um aparelho que fazia medições de 15 em 15 minutos. A maioria deles apresentou pressão mais alta que o comum.

Tem problemas vasculares, isto porque por estarem mais expostos a poluição, os vasos sanguíneos desses indivíduos tem dificuldade de abertura, e ficam fechados mais do que o normal. 
O problema é um fator de predisposição para a arteriosclerose, doença que se caracteriza pelo endurecimento da parede das artérias.

Vale lembrar que as medidas adotadas pelo poder público para melhorar o ar da capital paulista até agora foram importantes, mas não suficientes para evitar problemas de saúde das pessoas que estão todos os dias nas ruas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário