terça-feira, 13 de novembro de 2012

Câncer e viagem aumentam o risco de embolia pulmonar

                         



Como muitos já sabem faleceu neste domingo, o diretor e ator Marcos Paulo. O diagnostico foi embolia pulmonar. Mas o que seria está doença? Como surge? E como se prevenir? Por isso, vamos falar sobre o assunto e tirar todas as dúvidas.


Segundo os médicos a embolia pulmonar, é uma das principais emergências médicas. No caso do Marcos Paulo, acumulou dois fatores de risco, o histórico de ter tido um câncer, e uma longa viagem de avião.

Embora o nome da doença pareça ser nos pulmões, a embolia atinge, na verdade, as veias que levam o sangue até o órgão. Os pulmões são o grande filtro da circulação venosa, e o sangue que vem das células de todo o corpo passa pelo pulmão para receber oxigênio, transformando o sangue venoso para sangue arterial. De lá, ele vai para o coração e é bombeado para todo o corpo novamente. 

As veias de várias partes do corpo acumulam coágulos, que é quando plaquetas se acumulam e formam uma estrutura maior. A embolia acontece quando um coágulo entope a veia e obstrui a chegada do sangue ao pulmão.
É um fenômeno parecido com o que acontece nas artérias do coração, no infarto, ou do cérebro, no acidente vascular cerebral (AVC). É, portanto, um evento que surge de repente e pode ser fulminante.

Segundo os médicos, a maioria dos casos de embolia tem origem em uma trombose nas pernas. Trombose é a formação de um coágulo dentro de uma veia. É mais comum nas pernas, mas pode ser em qualquer lugar do corpo. As veias das pernas são mais largas que a dos pulmões. Por isso, o coágulo não provoca um bloqueio com a mesma frequência que isso acontece nos órgãos respiratórios.

O câncer pode ser um fator de risco para a formação de coágulos, pois as células cancerosas liberam fragmentos de substâncias na circulação, e eles podem se acumular. Marcos Paulo foi diagnosticado com um tumor no esôfago em maio de 2011 e já tinha passado por tratamento para a doença.
Caso o paciente faça quimioterapia, o risco cresce, pois o tratamento agressivo aplicado direto nas veias agride a parede dos vasos sanguíneos, mais não foi o caso do diretor.

Outra origem comum para a formação dos coágulos são as longas viagens de avião, no que constitui a “trombose do viajante". Qualquer voo com mais de quatro horas aumenta em cinco vezes o risco de trombose em uma pessoa normal. Quando uma pessoa passa muito tempo sem andar, ou, principalmente, sem ativar o músculo da panturrilha,  a circulação da perna fica comprometida e o sangue tende a coagular. Além disso, o ar seco do ar condicionado faz com que o organismo perca líquido e o sangue fique mais espesso, o que também aumenta a coagulação.E no avião reúne todas essas condições. No domingo, Marcos Paulo voou de Manaus para o Rio de Janeiro.

Para evitar o problema, é recomendável que os passageiros sempre procurem fazer caminhadas dentro do avião para exercitar a panturrilha. Em relação a desidratação, a dica é beber bastante água e evitar bebidas alcoólicas.

O câncer e a falta de movimentação nas pernas estão entre os principais fatores de risco, mas não são os únicos. Entre os fatores mais comuns, podemos citar o tabagismo e o uso da pílula anticoncepcional.

Em relação ao tratamento, muitos médicos definem a doença como " uma situação potencialmente fatal". A melhor coisa a ser feita é ir ao hospital.

O principal sintoma é um quadro agudo de falta de ar, geralmente acompanhado de fortes dores no peito. Em algumas ocasiões, o paciente pode ter tosse com sangue no escarro.

Malária pode ter alguma coisa haver?

A esposa do diretor Marcos Paulo, disse que suspeitava que o marido possa ter contraído malária em Manaus. Porém os médicos dizem que considera a hipótese “possível, mas improvável”. Neste caso, os especialistas em doenças infecciosas, como é o caso da malária, disseram que o intervalo de uma semana entre a chegada de Marcos Paulo a Manaus e sua morte dá tempo suficiente para que a doença se manifeste. No entanto, essa malária só levaria à morte se fosse um caso muito grave, que o médico chamou de “infestação maciça” do Plasmodium, parasita que causa a doença. Hoje em dia, é muito raro.




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