terça-feira, 27 de novembro de 2012

Benefícios do Álcool

                              



Hoje vamos falar dos efeitos benéficos da ingestão moderada de álcool para a saúde. Pois já falamos aqui dos malefícios que ele pode causar no organismo.

A uma certa dificuldade em sabermos o que é beber pouco, moderadamente ou muito. A definição empírica aceita pela maioria dos médicos é que devem ser considerados consumidores moderados de álcool os homens que bebem o equivalente a 25 gramas da droga por dia. Quem ingere menos ou mais cairia nas categorias dos que bebem pouco ou muito, respectivamente. Nas mulheres esse limite equivaleria a 12,5 gramas, ou seja, a metade dos homens. Duas latinhas de cerveja, dois copos de vinho ou duas doses de bebida destilada, equivalem mais ou menos às 25 gramas de álcool estabelecidas como limite para os homens.

Em 2000, foi publicada uma análise conjunta (meta-análise) de 28 trabalhos sobre o tema. Os dados demonstraram que o risco de ataque cardíaco em homens diminui à medida que o consumo de álcool aumenta de zero para 25 gramas diárias. Nessa dosagem diária, o risco era 20% menor do que o dos abstêmios.

Veja os benefícios do álcool:

- pessoas que bebem moderadamente, apresentam níveis de HDL (“o colesterol protetor”) 10% a 20% mais altos do que os abstêmios;

- o álcool ajuda na circulação no mecanismo de coagulação do sangue, aumentando o tempo de coagulação. Com o sangue menos coagulável, haveria mais dificuldade para a formação de trombos nas artérias coronárias. A ingestão de quantidades maiores de álcool, no entanto, reverte essa relação, favorecendo a coagulação mais rápida e a trombogênese;

-  beber moderadamente pode reduzir a probabilidade de infarto indiretamente, ao diminuir o risco de desenvolver diabetes do tipo 2, aquele que costuma se instalar na vida adulta. Beber muito, ao contrário, aumenta os níveis de glicose no sangue, indicador de aumento de risco para diabetes.

Um estudo feito em 1995, por dinamarqueses mostrou ainda que os bebedores de vinho tinto morriam menos de infartos do que os abstêmios. Muitos viram nesse trabalho evidências de que o vinho tinto teria propriedades antioxidantes inexistentes em outras bebidas, responsáveis pelo efeito protetor.

Encontraram ainda 35% menos de mortes por infarto entre os que tomavam vinho tinto ou branco, comparados aos que bebiam cerveja. Os que tomavam vinho, no entanto, fumavam menos, tinham nível educacional mais alto, praticavam mais exercícios físicos e abusavam do álcool com menor frequência.

Essas diferenças de estilo de vida provavelmente explicam os resultados que sugerem maior eficácia do vinho na prevenção de infartos.

Além de reduzir o risco de ataques cardíacos fatais e não fatais quando usado em dosagem moderada, nenhum outro efeito benéfico do álcool para a saúde foi demonstrado até hoje.




Um comentário:

  1. Após pesquisas apontarem seus benefícios para o coração, beber uma taça de vinho tinto por dia se tornou uma prática estimulada. Um estudo recente sugere que o vinho sem álcool é ainda mais eficaz na proteção do organismo contra doenças cardiovasculares. Segundo pesquisadores da Universidade de Barcelona, a bebida reduz em 20% o risco de derrames e diminui em 14% as chances de desenvolver doença cardíacas.

    De acordo com os cientistas, o efeito protetor é encontrado em moléculas chamadas polifenóis e não no álcool da bebida, o que explicaria os resultados. O álcool é retirado no final do processo de produção, que segue a base do vinho tradicional, preservando o sabor e as propriedades benéficas. Eles também acreditam que a bebida não alcoólica seja capaz de aumentar a concentração de óxido nítrico no sangue, substância que relaxa os vasos sanguíneos.

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